Sessenta e três pessoas
foram assassinadas no Vale entre os anos de 2011 e 2013, conforme estatísticas
da Folha.
Somente no ano passado,
foram 22 mortes registradas, coincidentemente o mesmo número de vítimas de
2012.
Já em 2011 foram 19
homicídios, o menor entre os três anos.
Enquanto que o número de
homicídios em 2013 se manteve uniforme em relação ao ano anterior, o de
tentativas de homicídio aumentou 25,8%: foram 39 casos no ano passado contra 31
em 2012. Também foi registrada uma tentativa de duplo homicídio. A maior parte
dos homicídios e tentativas de homicídio foi motivada por motivos fúteis. Foram
constatados que mais de 88,5% das vítimas eram do sexo masculino, com idade
predominante entre 21 e 40 anos. A arma de fogo e a faca foram os instrumentos
mais utilizados contra a vida na região.
O município mais violento do
ano passado foi Conceição, onde cinco pessoas foram mortas. O último crime de
2013 aconteceu no dia 16 de dezembro: o mototaxista local Jocélio Batista, de
38 anos, foi morto a tiros por dois homens por volta das 15h10, no centro da
cidade. A vítima, que morava no bairro Nossa Senhora de Fátima, estava sentada
em uma cadeira na calçada de uma rua, nas proximidades da Praça da Matriz,
quando foi alvejada.
Itaporanga e Piancó
empataram no número assassinatos e foram os outros dois que mais registraram
mortes: foram quatro homicídios em cada um deles. Dois homicídios ainda foram
registrados em Pedra Branca, Igaracy e Coremas; e uma morte em Diamante, Emas e
Santana de Mangueira.
Corpos encontrados - Também
foram encontrados, no ano passado, dois corpos masculinos com perfuração de
balas nas cidades de Conceição e Santana de Mangueira, mas a polícia acredita
que eles tenham sido mortos em estados vizinhos e sido jogados na região para
dificultar a investigação. Caso as investigações apontem que os assassinatos
ocorreram no Vale, o número de homicídios em 2013 passará para 24 mortes.
Tentativas de homicídio - Em
relação às tentativas de homicídio, o maior número de ocorrências foi em
Itaporanga, quando sete pessoas tiveram seu sangue derramado, mas conseguiram
sobreviver. A mesma sorte não teve o agricultor itaporanguense Adailton Mariano
da Silva, de 28 anos, que foi assassinado no último dia de 2013 dentro de sua
própria casa, localizada no sítio Jardim de Cima. Ele balançava em uma rede com
dois filhos pequenos na sala de sua residência quando sofreu um tiro de
espingarda na cabeça e morreu na hora.
Impunidade - Mais de 90% dos
assassinatos e tentativas de homicídio cometidos na região continuam impunes:
falta de esclarecimento dos casos ou fuga dos criminosos, o que aumenta ainda
mais a dor das famílias que perderam seu ente querido e de quem sobreviveu, que
carregará para sempre as marcas físicas e emocionais da violência.
Fonte: Folha do Vali/Sousa
Neto
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