PRESERVE O MEIO AMBIÊNTE

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sábado, 4 de janeiro de 2014

Empresário abre portas do seu negócio para mostrar como funciona um moderno aterro sanitário

Atualmente, o aterro absorve lixo de três cidades, mas tem capacidade para atender toda a região

 

 Por Redação da Folha – Coragem, fé e conhecimento são ingredientes para concretizar qualquer sonho. Mas no caso do advogado e empresário piancoense Remígio Júnior foi preciso tudo isso e mais um milhão e meio de reais. Esse foi o tamanho do investimento até agora na Emlurpe (Empresa de Limpeza Urbana), um moderno aterro sanitário construído no sítio Saboeiro, município de Piancó, há quase quatro anos. Uma frase escrita na frente da sede do empreendimento resume o sentimento do proprietário: "aqui o dono é Jesus".

Na manhã desta sexta-feira, 3, dia do seu aniversário de 51 anos, Remígio Júnior abriu as portas do empreendimento à imprensa regional para mostrar como funciona o aterro, que hoje absorve o lixo de três cidades (Aguiar, Pedra Branca e Curral Velho), mas tem capacidade para atender todo o Vale, dando destinação correta aos resíduos sólidos produzidos por cem mil pessoas.

“Muita gente pensa que aterro sanitário é somente um buraco no chão cheio de lixo, e não é assim: é uma obra cara e complexa, mas muito importante para o meio ambiente porque evita a degradação da natureza ao absorver os rejeitos que iriam para as matas e rios”, disse Remígio, ao informar que a principal dificuldade para montar o aterro, além dos equipamentos e obras estruturais, foi a regularização documental: “são muitas exigências para você conseguir autorização para funcionar, e nós levamos um ano inteiro somente para conseguir essa documentação, mas, graças a Deus e muito esforço, foi tudo regularizado”.


Além do escritório administrativo e do alojamento, o aterro sanitário tem dois pontos essenciais: o primeiro é o galpão, onde o lixo vindo das cidades é depositado e, em seguida, passa por uma seleção onde os resíduos são separados conforme sua categoria: materiais recicláveis como alumínio, papelão, plástico e outros são organizados e vendidos. Uma cooperativa de catadores é que explora esse serviço e gera emprego para dez pessoas, com perspectiva de duplicar esse número nos próximos meses.

O restante do rejeito, tudo o que não é reciclável, especialmente o lixo orgânico, é encaminhado para o aterro, também chamado de célula, que é o segundo ponto mais importante do empreendimento. Hoje, conforme o empresário, somente 25% dos resíduos que chegam à empresa são aterrados e, futuramente, com a aquisição de um triturador, serão apenas 5%. Isso porque todo o lixo orgânico será transformado em adubo para a agricultura. “Ou seja, quase todo o lixo será reaproveitado”, comentou entusiasmado.

A empresa, além da importante contribuição que está dando à natureza, também é uma opção para as Prefeituras regionais. Elas precisam se adequar à Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que só vai tolerar os lixões até agosto deste ano. A partir dessa data, prefeitos e municípios serão duramente penalizados se continuarem jogando lixo no meio ambiente, comprometendo a natureza e a saúde pública.


Atualmente, duas das maiores cidades regionais, Itaporanga e Piancó, continuam depositando seu lixo irregularmente na natureza, apesar de terem um aterro sanitário na porta de casa. Interesses políticos motivam essa irregularidade. Ao alugarem áreas naturais para deposição indevida de rejeitos, essas Prefeituras utilizam o próprio dinheiro público para degradar o meio ambiente, ou seja, cometer um crime ambiental. 

Fonte:folhadovali.com.br

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