PRESERVE O MEIO AMBIÊNTE

PRESERVE O MEIO AMBIÊNTE

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Qual o segredo para receber a “bênção”?

Afinal, prosperidade é resultado das escolhas e do trabalho de cada um – prêmio pelo esforço e pelo empenho pessoal – ou é o resultado de uma relação metafísica, na qual, por algum critério divino, alguns são pré-selecionados para serem abençoados e outros destinados à dor ou ao fracasso?
Esta não é uma pergunta que se responda de maneira simples. Afinal, sendo verdadeira ou a primeira ou a segunda resposta, isto fará com que o indivíduo ou se dedique ardentemente ao trabalho, convertendo-se num workaholic e mandando um dispensável e anacrônico Deus às favas, ou a pessoa se devotará ao divino criador, convertendo-se num religioso contumaz, em busca de merecimentos aos olhos do Supremo Ser.
Já disseram que “Deus ajuda a quem cedo madruga” e se olharmos estatisticamente, Deus abençoou financeiramente mais quem trabalhou e/ou estudou mais. Estas asseverações, por meio de elegante ironia, mostra que a “bênção divina” está relacionada às nossas escolhas e atitudes.
Antes de tudo, importante é que definamos o que é “bênção”. O ser humano vive num mundo real e material e por isso entende a bênção como algo palpável, materializado, portanto, não raro, muitos se consideram abençoados (ou entendem que o outro é abençoado) quando o aspecto financeiro é notadamente próspero. Como somos matéria, entendemos que bênção é matéria. Portanto, é comum chamar uma pessoa financeiramente próspera de “abençoada”. Especialmente nestes tempos de apostasia da fé, em que “ter” tornou-se mais fundamental que “ser”, até líderes religiosos passaram a estimular fiéis a serem pessoas materialistas, hereticamente encarando a divindade como o Banco Mercantil Espiritual, no qual deposito hoje para sacar com juros amanhã. Assim, vida religiosa ocidental tem se convertido em um tipo de investimento financeiro, um seguro-futuro.
Contudo, bênção divina é o cuidado e a proteção de Deus sobre a vida de uma pessoa ou grupo. A bênção pode incluir a vida financeira de alguém, mas a bênção divina manifesta-se por meio das outras áreas da vida, como boa saúde, paz no lar, reconhecimento profissional, inteligência.
Bênção é não ficar doente para não sentir dores e não desperdiçar energia, tempo e dinheiro com remédios e tratamentos.
Bênção é receber flores do marido, com um bilhetinho escrito à mão “Eu ainda te amo!” vinte anos depois de ter descido do altar.
Bênção é o chefe, debaixo de sinceros e emocionados aplausos dos colegas de trabalho, entregar na confraternização de fim-de-ano um certificado de Profissional Modelo.
Bênção é conseguir entender a piada de primeira! Ser acordado com o beijo da mãe… Não poder fazer festa de aniversário mas, de surpresa, a casa ficar repleta de amigos carinhosos!
Bênção também pode ser um carro novo, um tênis da moda e um contra-cheque que comporta todos os sonhos… Mas isto não é tudo, pois tem pessoas que são tão pobres, mas tão pobres, que tudo o que elas têm é dinheiro…
Se analisarmos a bênção apenas como uma manifestação financeira de prosperidade, daí podemos dizer que quanto mais estudamos e quanto mais trabalhamos, mais abençoados seremos. Isto é uma verdade.
Quem trabalha mais e se esforça com afinco constrói bases sólidas sobre as quais erguem-se mais oportunidades e melhores salários. Portanto, digo: quer dinheiro? Trabalhe e estude!
Ao analisarmos a bênção como algo integral, que pode atingir não apenas o bolso mas o ser humano em sua totalidade, problematizamos a questão e ampliamos o foco de análise.
Neste contexto, bênção deixa de ser uma escolha pessoal (como trabalhar ou não), mas um dom vindo do céu para o homem.
A bênção não é democrática e neste ponto muitos desistem de Deus, por crerem serem eles mais merecedores das bênçãos que outros.
Alguns são mais inteligentes.
Algumas são mais bonitas.
Alguns são mais altos.
Algumas são mais bem-humoradas.
Alguns aprendem rapidamente seu trabalho.
Algumas não têm dificuldade em serem éticas…
Infelizmente não somos pessoas idênticas, não há democracia na distribuição de boas características pessoais e cada um tem de lutar com suas características negativas (que podemos chamar de pecado). Estas características boas e ruins formam um ser único, cheio de oportunidades únicas. Ainda assim, alguns serão mais bem dotados que outros e, nesse ponto, não há escolhas. Aqui dependemos da bênção divina.
Assim:
“Eu descobri mais outra coisa neste mundo: nem sempre são os corredores mais velozes que ganham as corridas; nem sempre são os soldados mais valentes que ganham as batalhas. Notei ainda que as pessoas mais sábias nem sempre têm o que comer e que as mais inteligentes nem sempre ficam ricas. Notei também que as pessoas mais capazes nem sempre alcançam altas posições. Tudo depende da sorte e da ocasião.”
Rei Salomão (em Eclesiastes 9:11)
Ainda que sejamos os mais bem preparados, mais inteligentes, mais corajosos, mais fortes ou mais bonitos, nem isto é garantia de sucesso.
Dependemos da bênção de Deus todo o tempo, pois “tudo depende da sorte (bênção) e da ocasião”!
Costumo dizer que existe o que chamo de “ambiente de bênção”, ou seja, quando nós damos para Deus as condições favoráveis para ele nos abençoar. Como criar este “ambiente da bênção”?:
  1. Nos afastando do mal (pecados: desonestidade, ira, vingança, arrogância…),
  2. Trabalhando, estudando e aperfeiçoando,
  3. Buscando conhecimento,
  4. Mantendo paz com todos,
  5. Lendo a Bíblia, onde há grandes tesouros ocultos que nos dá sabedoria para viver,
  6. Conversando com Deus: ore e conte para Deus o que você quer ou precisa e diga para Ele que você acredita que depende Dele (Se você crê que não precisa pedir nada, portanto, você não precisa da bênção divina e este texto não faz qualquer sentido para você. Neste caso, caminhe sozinho, sem buscar a bênção de Deus)

Portanto, no que de nós depender, façamos a nossa parte.
Nos compete nos prepararmos e trabalharmos.
Nos compete nos alimentarmos adequadamente e cuidar da nossa saúde.
Nos compete sermos honestos nos negócios.
Nos compete sermos amáveis com os pais, irmãos, filhos e amigos, ou seja: “No que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as pessoas” (Paulo, em Romanos 12:18).
Não se esqueça que a maioria dos nossos problemas são criados por nós mesmos. Evitar o pecado automaticamente atrai a bênção!
Assim criamos o “ambiente da bênção”, ou seja, as condições para que Deus nos guie e diante de nós abra (de forma misteriosa, mística e não compreensível) portas e caminhos de bênção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário