O circo chegou!
O prefeito Tyrone conseguiu nesse ano que passou o seu objetivo. Transformou os vereadores numa trupe de palhaços. Os palhacinhos amestrados de Fábio Tyrone. Tal qual nos grandes espetáculos de circo, todos eles foram se revezando no picadeiro da Câmara, cada um mais engraçado que o outro.
Quando falo em todos estou incluindo também os três da oposição. Se bem que esses ficariam melhor no papel de macaquinhos amestrados. Nada viram, nada ouviram, nada falaram. Tenho minhas dúvidas se por trás dessa performance não estão alguns empreguinhos para amigos e parentes que sobraram por baixo do pano, ou melhor, por baixo da lona.
Abstinência após sentir
prazer com a minha genitália
Antes, para disfarçar, reverberaram algumas denúncias que eu fazia. Mas deixavam transparecer que era trabalho deles. Uma injusta e indébita apropriação do trabalho alheio por quem recebia muito bem para fazê-lo e ainda tinha um monte de assessores para ajudá-los.
Como os proibi de sentir prazer com minha genitália, calaram-se. Preferiram a abstinência a reconhecer a paternidade do meu trabalho. Mas no fundo, no fundo, acho é que se sentiram aliviados por calar. Isso podia gerar mais créditos junto ao poder.
Seria injusto concentrar minhas críticas nos vereadores de oposição. Na verdade os bem treinados palhacinhos fizeram tudo o que o prefeito quis ou mandou. Sob a lona da moral apresentaram um bem sincronizado espetáculo de falta de vergonha na cara. Difícil definir qual o pior.
Uma palhaçada suspeita
Teve poucas sessões memoráveis. A temporada foi fraca. Mais uma se destacou: a em que me declararam Persona non Grata. Uma honraria que tinha como objetivo desviar a suspeição que pairava sobre o mecenas eleitoral Jucélio das Parabólicas para cima de mim.
Uma ridícula tentativa de legislar sobre matéria pertinente aos inquéritos policiais. Felizmente brecada pela Justiça, que indiciou foi mesmo o empresário, juntamente com uma empregada sua e o seu segurança. Gente que nem conheço pessoalmente. Felizmente.
Ainda não me entregaram meu título. E eu preciso dele. Como candidato a vereador vou usá-lo na campanha como prova de que sou sério. Será como um verdadeiro atestado de bons antecedentes. Não pode existir prova maior de seriedade do que ser rejeitado por essa cambada de vereadores.
Quero o meu título. Vou cobrá-lo, nem que seja na Justiça.
Emendas de gente que não se emenda
Mas o espetáculo da aprovação do orçamento também foi memorável. Embora com um desfecho previsível, criou alguma expectativa e muito barulho. Pudera, foram ajudados pela turma da vuvuzela.
A verdade é que demagogicamente os vereadores de oposição relacionaram algumas obras, chutaram um valor para elas, já que nenhuma tinha projeto, e apresentaram sob o nome de emendas. O circo estava armado! Nunca o picadeiro esteve tão animado! Deu muito IBOPE na mídia!
O circo já se foi
Mas o número final parece que deixou a todos cansados. Entraram em recesso logo depois. Descansarão até depois do Carnaval. Afinal trabalharam cerca de sessenta horas no ano passado. Isso mesmo, cerca de trinta sessões de duas horas cada. E ainda tem gente que acha que ganham muito. Pura inveja! Ufa!
Depois de tanto esforço, merecem o prolongado descanso. Se bem que a maioria não descansará. Terão que continuar a tocar suas empresas. As obras da prefeitura não podem parar. Além disso, é ano de eleição. Precisam faturar. Quanto mais melhor. Um mandato está custando caro nos dias de hoje. Não está fácil de comprar!
"Fala palhaço! Palhação! Mané! Manezão!"
Comecei essa matéria empolgado. Chamando os vereadores de palhaços achei que amenizaria minha indignação. Enganei-me. Ao final fui percebendo que o palhaço na realidade era eu. Eu e você, caro leitor. Você aí também! Não adianta se esconder! Todos nós! Os palhaços somos nós que sustentamos todos esses artistas. Que nada fazem além de defender seus interesses pessoais.
Depois de concluir isso, fui até o espelho e gritei "Fala palhaço! Palhação! Mané! Manezão!" Não adiantou nada! Fiquei com mais raiva ainda!
Fonte: BlogdoPerisse
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